quarta-feira, 30 de março de 2011

As malas


 Eu queria poder amá-la
Amá-la como ninguém
Mas como poderia amá-la
Se a mala esqueci no trem?
Autor desconhecido

Sobe a ponte, desce a ponte
Se há uma imagem que marcou a viagem que fiz pela Europa com minha mãe e minha irmã em 2006, é essa aí do lado.
Europis e frio é muito chique e tudo mais, mas fato é fato: você, brasileiro, não está acostumado. Você vai levar 2 malas de 40 kg com casacos e mais casacos e você vai ter que carregá-las por todos os lugares. No meu caso, a assertiva é mais do que verdadeira. Eu estava morando na Itália, e então resolvi sair viajando quando minha família foi me visitar. Depois da viagem, eu voltaria para o Brasil.
E aí, tinha Veneza. Veneza tem pontes. Eu tenho tendinite, minha mãe tem problema de coluna. Eu não sei por que não era a minha irmã que estava nessa foto, mas eu vou refletir sobre isso depois e não vou mais deixar isso acontecer. O fato é que eu descobri ser possível suar no frio (suar NO frio e não SUAR FRIO, se bem que pode-se dizer que eu suei frio no frio), primeiro em Praga, quando descobri que todas as estações de metrô têm escadarias pra botar qualquer Igreja do Bonfim do chinelo (suei frio) e depois em Veneza, quando eu atinei que lá SÓ TEM PONTE e todas as pontes são de escadinha (suei muito). Com um golpe de sorte, as divindades tiveram pena de mim e calhou de o hotel que minha mãe marcou errado ser do lado da estação de trem, o que nos poupou de atravessar aproximadamente 452 pontes. Só atravessamos 341.
Mas eu estou divagando.

Eu queria muito, muito mesmo, evitar esse tipo de problema nessa viagem da Turquia. Ainda mais porque sei que o esquema vai ser muito mais roots do que na Europa, em que pegávamos trem e estávamos em qualquer lugar. Na Turquia, vamos pegar somente dois aviões domésticos, no trecho Istambul-Capadócia e no trecho Izmir-Istambul na volta, e o resto faremos de ônibus ou de carro.
Estamos com muitos problemas em decidir quais os modelos de malas vamos levar. Além do peso a se carregar em si, estamos com problema com a franquia das cias. aéreas: Minha mãe comprou a passagem dela BSB-IST-BSB com pontos fidelidade da TAM. As passagens minha e da minha irmã foram compradas pela Turkish Airlines, o que significa que tivemos que comprar nossas conexões BSB-SP-BSB separadas. 

Sabe o que isso quer dizer? 

Que nossas franquias são de vôos domésticos.

:
Então é o seguinte, diante da calamidade iminente, estamos nos preparando psicologicamente para:
  • Pagar excesso de bagagem (o cálculo do excesso é 0.5% sobre o preço cheio da passagem pro vôo - não importa se vc pagou mais barato, é o preço mais caro daquele vôo). Perguntando pra mocinha da TAM, ela fez um cálculo estimado lá, deixando claro que é no próprio check-in que é calculado, que deu R$ 6 por kg extra.
  • Ajoelhar pedindo misericórdia pro carinha do check-in. A segunda mocinha da TAM com quem eu falei me disse que tudo vai depender se o carinha do check in vai estar num bom dia, e que se a gente mostrar o bilhete do vôo internacional ele pode dar uma aliviada na barra, quem sabe até considerar a franquia internacional (afinal, a minha mãe vai voltar no mesmo vôo que o nosso, só que com franquia internacional).
  • Repensar todo o esquema de roupas e coisas pra se levar. (Se minha irmã tava pensando em levar secador/chapinha, vamos ter que negociar.) Isso dá mais pano pra manga que é a discussão de O QUE LEVAR?
A minha mãe, já experiente no nosso modus operandi em termos de compras e tralhas em viagens (o plano é trazer ao menos 3 daquelas lanternas turcas coloridas - e não adianta que nada que ninguém falar vai me dissuadir da ideia), tinha se decidido em levar a mala dela dentro de uma maior ainda, para estocarmos nessa grande tranqueiras e coisas dispensáveis e deixarmos em um left-luggage no aeroporto ou na rodoviária em Istambul, para pegarmos na volta à cidade, quando estivermos indo embora para o Brasil.

Sobre os lockers e left-luggage services (Emanet Bagaj em turco) :
Ainda não resolvemos como vai ser isso. Só sei que teremos que arrumar um jeito. Carregar tudo o que levarmos, principalmente depois de passar no Grand Bazaar, vai ser loucura.
Essas são as opções que temos:

  • Left Luggage no Aeroporto Ataturk de Istambul - não é nada barato e as informações sobre tempo máximo que a bagagem pode ficar estocada divergem. Aparentemente são 2 guichês pelo aeroporto e o serviço é 24h.
Estes são os preços por dia:  

Mala Grande20.00 TL
Mala Pequena15.00 TL
Bolsa12.00 TL
Sacola10.00 TL
Vamos precisar estocar a mala por 10 dias, que é o tempo que ficaremos fora de Istambul. Vai ficar salgado.
  • lockers na Estação Principal de Ônibus de Istambul (Büyük Otogar) e nas estações de trem, tipo a Sirkeci, mas eles têm um limite de estoque de até 36 horas, o que pra gente não serve. O preço dos lockers é a partir de 3 YTL por 4 horas, com o máximo de 14 YTL para 36 horas no locker grande.
  • Eu li por aí que alguns hotéis oferecem serviço de guarda de malas, mas não sei por quanto tempo e nem quanto cobram, nem quais hotéis fazem isso. Eu mandei um e-mail pro meu hotel já tem uns dias, mas eles ainda não me responderam eles acabaram de me responder (mais lá embaixo). Vou tentar agora falar com o segundo hotel de Istambul que ficaremos, na volta, para ver se eles oferecem o serviço. Como é um hotel 4 estrelas e maior que o primeiro, é capaz de termos mais chances com ele, e vai ser bom que não perderemos tempo resgatando malas onde o judas perdeu as botas pra levar pro hotel de novo.
Enfim, todas essas opções estão sendo consideradas, porque afinal as informações não são precisas e quando chegarmos lá podemos checar se é isso mesmo..

Eu sei que uma sugestão seria levar mochilões e não ter que lidar com trambolhos, mas, como eu disse, minha mãe tem problema de coluna e isso nos limita um pouco.

Eu gostaria muito de ouvir opiniões dos que já foram ou dos que já passaram por situações parecidas, para 
abrir meu leque de opções sobre o que fazer com as malas.


UPDATE: Mr. Cagrı, do hotel Seraglio, o primeiro que vamos ficar em Istambul, só pode ter lido o blog!
Ele acabou de responder meu e-mail sobre guardar a mala por 10 dias e ele falou que as malas podem ficar lá sem custo adicional. Viva o Mr. Cagrı!!!


Olha o e-mail dele:
Dear Nathalia Rio Preto,
Greetings from Hotel Seraglio.
You can leave your luggage at our hotel,you do not have to carry your luggage or pay any cost for this service..This is the most important thing for us to answer our valuable guest' requests.

Looking forward to seeing you in Istanbul at Hotel Seraglio.
Kind Regards,Cagrı Yılmaz, Manager of Hotel Seraglio.
Muito bem, Trip Advisor, so far, so good!

segunda-feira, 28 de março de 2011

Documentos

Eu tenho um sério preconceito com instituições/prestadores de serviços que não se dignam a fazer um website decente sobre a instituição/serviço que oferecem. Inclua aí hotéis, restaurantes, empresas em geral, órgãos governamentais e, sério, muito importante mesmo, embaixadas.
Eu não gosto de ligar para as pessoas para pedir informações. As pessoas que dão as informações não gostam que você ligue para pedir informações. Porque provavelmente você já é a quadragésima pessoa que ligou pra ela no dia perguntando a mesma coisa que as 39 pessoas anteriores perguntaram, e dar informações é só uma das funções de quem está dando a informação.

Tudo isso é pra dizer o seguinte: o site da Embaixada da Turquia no Brasil é um lixo. Eu já fui a pessoa que dava informações (enquanto eu traduzia um acordo de cooperação), porque as pessoas iam no site e não achavam as informações que queriam. 

O motivo do site ser tão ruim é uma das pequenas burocracias que fazem os turcos parecerem tanto com os brasileiros: não autorizam colocar por escrito informações que mudam constantemente, para ninguém contestar qualquer informação que seja dada.

Sendo assim, essas são as informações sobre documentos que, até onde eu sei (eu double-checked com a embaixada de novo, viu?), são as vigentes:

Visto - Brasileiros não precisam de visto para turismo, trânsito ou negócios, por um período de até 90 dias, com possibilidade de renovação por outros 90, desde que sua permanência total no país não ultrapasse 180 dias dentro de um período de 1 ano.

Passaporte - tem que ter uma validade mínima de 6 meses para entrar no país

Carteira de vacinação - não é exigida a carteira de vacinação contra febre-amarela e essas coisas

Habilitação internacional - então. Aí que o bicho pega. Na embaixada, a informação é de que precisa. Mas, pesquisando pela internet, vi que a Turquia não assinou a Convenção de Viena que reconhece a carteira de habilitação internacional, logo, não precisaria. No site do Detran tem uma lista dos países que aceitam a habilitação internacional. 
Contudo, nos sites das locadoras de carro na Turquia, eles indicam que precisam da carteira internacional, quando a carteira de habilitação do país de origem estiver em uma outra língua. 
Minha conclusão é a seguinte (isso é um palpite): administrativamente, eles não exigem a carteira. Isso quer dizer que se um guardinha te parar e vc mostrar sua carteira brasileira, não vai ter problema. Mas as locadoras de carro exigem.
Pelo sim, pelo não, eu paguei os 171 reais e uns quebrados e pedi a minha. Tô esperando chegar. 

Seguro de viagem - não é exigido, mas fizemos. Se aquele avião cair, minha vó vai ficar RHYCA!!!

Carteira Hostelling International - não fiz, eu li que os albergues não oferecem muito mais vantagens para quem tem carteirinha. E estou tentando salvar mamãe de ter que passar por um albergue.

Update: Recebi um link de um leitor (vejam bem, agora já tenho leitores) em que consta uma lista de países que aceitam a carteira de habilitação, e a Turquia é um deles. Fui pesquisar sobre o site e se trata do site de uma empresa de tradução de documentos, em que eles fazem uma carteira com tradução dos dados para 9 línguas (a empresa é americana). No caso do Brasil, a nossa PID (permissão internacional para dirigir), não sei se é traduzida para tantas línguas.
Eu sou sempre suspeita com sites não-oficiais. Mas, como eu disse, é melhor se prevenir do que ser impedido de dirigir depois.

Modelos da PID brasileira

Modelo da PID americana

sábado, 26 de março de 2011

Guias, guias...

Então seguem alguns dos guias que têm me ajudado bastante no planejamento da viagem. Alguns só vou provar a eficiência quando eu realmente precisar usá-los, como o GPS. Outros são meus amigos de fé, meus irmãos camaradas.
  • Fora a porrada de brochuras sobre a Turquia, eu já tinha o Guia Visual da Folha sobre a Turquia, que ganhei do embaixador. É meio pesadão para quem quer sair carregando um guia numa viagem, ao contrário de outros que são bem mais leves, feitos com capa mole e como o da Lonely Planet. Mesmo assim, ele vai fazer parte da minha bagagem, porque o que eu levei para a Itália quando eu fui morar lá me fez ter apego pelas figurinhas desses guias. Ele tem de todo tipo de informação que você possa precisar. Eventualmente, as informações vão estar desatualizadas, mas é ótimo para se ter uma noção de como funcionam as coisas por lá, desde informações sobre as atrações turísticas até um manual de sobrevivência no país.

  • Além desses, baixei para o meu iPhone o guia da Lonely Planet para Istambul, que me parece legal quanto a indicações sobre lugares a se ir por lá, em vez de ficar procurando coisas que nem um peru bêbado quando estiver lá. Mas acho que só vou ter minha opinião sobre esse app, quando eu utilizá-lo in loco mesmo.

  • Também baixei o GPS Tomtom da Turquia e da Grécia . Eu não confio muito em GPSs, porque tenho a impressão de que eles traçam o caminho mais curto para o destino, nem que isso signifique atravessar um rio cheio de jacarés, então estou com medo de me basear em GPS para dirigir lá e acabar entrando numa roubada. De qualquer jeito, seguro morreu de velho.

  • Trip Advisor. Ah, Trip Advisor amigo. O que teria sido de mim sem você? Eu li em algum lugar que devemos sempre confiar nas reviews, porque são quase sempre a verdade. Acabei virando a neurótica das reviews do Trip Advisor, e não faço mais nada sem checar qual o ranking de determinado hotel ou restaurante de acordo com os membros do site. Eu escolhi meu primeiro hotel de Istambul por lá, o Seraglio (que está na 12º posição no Trip Advisor), e olhei muitos, muitos, centenas de outros por lá também. Ainda não pesquisei muito sobre restaurantes ainda mais porque eu vou ter, além do meu choque cultural padrão, um choque culinário, e provavelmente vou ficar com preguiça de comer comida alienígena. Típico.
  • Depoimentos de viajantes no site Mochileiros.com, em especial este e este. A esses dois membros do site, muá pra vocês. Vocês que iluminaram as minhas ideias e deram a solução do carro (gente, as soluções óbvias nem sempre estão na frente do seu nariz, e demora um tempo até vc achá-las. São óbvias mas não são óbvias, dã.). Além do mais, é por causa desse tipo de viajante brother que eu fiz esse blog, porque informações que eu achei nesses depoimentos, eu não encontraria em nenhum outro lugar!
  • Tem também o site Turkey Travel Planner, dum carinha que é a lata do rabino-ladrão-de-gravata Henry Sobel, que é bem completo. Só que eu acho ele muito poluído e cheio de propaganda, e torna a pesquisa muito confusa, porque ele linka 98 em 100 palavras (tipo que nem eu to fazendo eheheh) e aí vc acaba se perdendo nos links. O que por um lado também é bom, porque informação ali é o que não falta.
  • A Cornucopia é uma revista de insiders de Istambul, e ela tem um guia cultural muito legal, que fala de hotéis a exposições de arte.
  • Istanbul Sehir Rehberi - Mapa online da cidade, com fotos aéreas antigas da cidade disponíveis.
  • Tourism Turkey - site oficial do governo com informações turísticas e artigos
  • Thorn Three travel forum da Lonely Planet - porque foruns são sempre bons lugares pra se achar informação - principalmente porque os viajantes ali são bem comprometidos com ajudar uns aos outros.
Bom, isso é o que eu lembro por enquanto. Se eu lembrar de mais eu atualizo.

Update: A Ju Hack, que mora na França e viaja o mundo falando de comidinhas, me mandou um link com o guia Petit Futé sobre a Turquia, em francês. Aiaiai, como adoro achar livros online!

Da pré-paração ao roteiro


A primeira vez que eu quis ir para a Turquia, foi vendo um editorial da Le Lis Blanc em Istambul, e me apaixonei pelas imagens da Mesquita Azul e da Leticia Birkheuer com aqueles kaftans de rica flutuando pelo Bósforo. Alguns dias folheando e refolheando a revista depois, liguei para meu namorado e falei: "tenho uma proposta: vamos viajar pra Turquia???" É claro que ele não fazia ideia do que era, de onde ficava, o que iríamos fazer lá. Mas, como estávamos discutindo o destino de uma possível viagem, aquele era definitivamente um bom lugar. A viagem não aconteceu. Terminamos com conjuntivite em Buenos Aires meses depois, mas aí é outra história.

Minha história com a Turquia não terminou por aí. Poucos meses depois da proposta de viagem ao namorado, fui trabalhar para a Embaixada turca no Brasil como tradutora, onde tive várias experiências muito boas e outras nem tão boas assim. Sem entrar em qualquer mérito, conhecer a cultura turca me deixou muito curiosa sobre o país, e, ao saber que minha mãe planejava fazer uma viagem com as filhas para comemorar seu 50º 30º aniversário, sugeri a Turquia, porque (achava eu) teria o know-how e algumas benesses por ser funcionária da embaixada. Fim das contas: não há know-how quando se trata da língua turca. É tudo difícil. E não há benesses por ser funcionária. Afinal, eles são turcos. E tudo o que se fala sobre turcos É VERDADE! (não, não usam desodorante também.)

(Minha mãe acaba de rememorar que se decidiu que queria conhecer a Turquia após ver a matéria do programa do Amaury Jr. sobre o país. <3)

Compramos nossas passagens em dezembro janeiro, e conseguimos um preço muito bom: R$ 2.100,00 2.174,00 por passageiro.

De tudo até agora, o roteiro, devo admitir, foi a  pedra no sapato mais chata. Tudo que sabíamos era que chegaríamos por Istambul, e que de lá iríamos para a Capadócia voar de balão. De lá, iríamos descer, passando por pontos turísticos importantes, sem saber nem mesmo sua localização no enorme mapa da Turquia.
Tudo o que tínhamos era uma porrada de brochuras que eu peguei na Embaixada da Turquia, mas que, novamente, não nos diziam muito sobre o que era essencial visitar.

Uma porrada de brochuras

A princípio, iríamos passar 15 dias, contra minha vontade. Eu queria 20, porque na última vez em que eu dispunha de pouco tempo para distribuir 10 cidades em um roteiro de viagem pela Europa com a minha família, terminamos a viagem estrupiadas, grande parte devido ao descontrole bagagístico de brasileiras indo passar frio no inverno. De qualquer jeito, minha mãe argumentou que iria ficar muito cansada em 20 dias de viagem e que não haveria jeito nenhum que a fizesse ficar 20 dias.

Como, felizmente, o ser humano muda de opinião, ao ver que o suor escorria gelado em minha testa a cada vez que eu tentava montar o roteiro para 15 dias de viagem, incluindo todas as atrações que considerávamos indispensáveis, e tentando sobre-humanamente atender aos pedidos indignados da minha irmã de visitarmos a Grécia, já que estaríamos tão perto, minha mãe achou que era por bem remarcar a passagem para 3 dias depois da data previamente marcada.

Pela Turkish Airlines, que, diga-se de passagem, tem ao todo 3 atendentes (de tantas vezes que liguei, só consegui identificar 3 vozes se revezando), sendo que um é extremamente impaciente, a mudança da data da volta ficou 50 euros por passageiro. Como uma das passagens nós compramos por milhagem da TAM, a mudança dessa aí foi gratuita. Prejuízo de lado, tínhamos mais 3 dias para aloprar no roteiro.

Acontece que nosso problema intrínseco era logístico: não sabíamos como nos locomover entre as cidades, porque não estaríamos de mochila, e sim com malas, logo, não poderíamos sair carregando malas para lá e para cá sem ter pousos onde deixá-las, o que demandaria mais diárias em determinada cidade, acabando com o nosso tempo disponível. Sendo que não sabíamos qual a infra-estrutura que cada cidade disporia, porque, apesar de termos nossa porrada de brochuras, elas não diziam muito mais do que turista quer ler e não iam além do que sobre a cidade sobre a qual se tratava.

Eis que, a 3 semanas da viagem, aparece-me diante dos olhos depoimentos de viajantes que foram para a Turquia e que alugaram um carro. Bingo! Por que isso não havia se passado pela nossa cabeça antes?

Considerando que qualquer opção pra sair da Capadócia seria de mau a pior (os vôos voltam a Istambul de noite para voar para Antalia de manhã, e os ônibus seriam 9 horas de viagem à noite), alugar um carro seria uma ótima opção, para sair da Capadócia e irmos para Antália, cidade litorânea no sul da Turquia.

Só não contávamos com a Grécia. Conseguimos encaixá-la no roteiro. Mais especificamente, a ilha de Rhodes, que é a ilha mais perto da cidade costeira de Marmaris. Limamos então a Antália (que não parece ter tanta coisa para se ver, tirando o teatro de arena de Aspendos a alguns km de distância) e colocamos Mármaris no roteiro, indo de Göreme (Capadócia) para lá de ônibus mesmo (somando-se então 12 horas de viagem), para de lá pegar um ferry para passar 1 dia ou 2 em Rhodes.

É claro que pretendo falar de cada ponto do roteiro mais detalhadamente mais adiante.

Mas, para quem gosta de uma lista, um infográfico, ou qualquer coisa que auxilie na compreensão de algo que (provavelmente) ainda deva estar meio obscuro na mente de um pretenso viajante, aqui vai nosso roteiro com os ingredientes que nos constam até o momento:

ROTEIRO PRELIMINAR
Abril
6 - Saída do Brasil 23:30
7 - Chegada em Istambul 18:30 local
8 - Istambul
9 - Istambul
10 - Istambul
11 - Istambul
12 - Istambul
13 - Saída para Nevsehir (Capadócia) de avião e transfer para Göreme
14 - Göreme
15 - Göreme
16 - Göreme até as 19h -> ônibus para Mármaris
17 - Marmaris às 7:00
18 - Marmaris - Rhodes
19 - Rhodes - Marmaris
20 - Marmaris -> Pamukkale/Hierápolis
21 - Éfeso/Selçuk
22 - Selçuk -> Izmir
23 - Izmir -> Istambul
24 - Istambul
25 - Vôo de volta para o Brasil


Esse roteiro pode e vai mudar, inclusive na parte de Rhodes. Esse é só um draft, para quem está perdido começar a se localizar e ver que algumas atrações, como Pamukkale e Hierápolis, descobrimos que dá para fazer num só dia (espero que a informação realmente proceda).




sexta-feira, 25 de março de 2011

A duas semanas da viagem....

Pronto, este é mais um blog, mas que eu tenho certeza de que não ficará jogado às moscas por ter BASTANTE assunto sobre o que falar.
É claro que a hora de nascimento deste blog foi às altas da madrugada, então, amanhã, eu vou organizar os tópicos da preparação da viagem. Tudo isso de organização de blog não é o meu forte, mas, o motivo principal dele é dar uma luz aos viajantes ou viajantes to-be à Turquia.

Tem sido bem difícil encontrar algumas informações que teoricamente seriam fáceis de encontrar, e espero colocar tudo aqui.

Pra começar, as informações básicas: A viagem acontecerá dia 6 de abril. Seremos eu, minha mãe e minha irmã, convivendo uma ao lado da outra por 18 dias ou até a primeira pedir penico. Chegaremos por Istambul e vamos fazendo o caminho em sentido horário até Izmir, passando por Rhodes na Grécia. Bom, ao menos são os planos.